Municipal (VEM), o Conselho Tutelar e o Ministério Público (MP) se reuniram na tarde dessa quinta-feira (15), na sede da Sesau, para iniciarem as articulações do grupo gestor que foi criado para colocar em prática um plano de ação com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal contra a poliomielite. De acordo com o Ministério da Saúde, Prudente está classificada como cidade de alto risco para o retorno da doença. Já o Brasil foi considerado como país de muito alto risco.
O primeiro encontro foi conduzido pela secretária-adjunta da Sesau, Fernanda Trevisan, pela coordenadora técnica em saúde da VEM, Vânia Maria Alves, e pelo médico sanitarista da VEM, Carlos Roberto de Macedo. Também esteve presente o promotor de Justiça da Infância e Juventude de Presidente Prudente, Marcos Akira Mizusaki.
De acordo com Vânia Maria Alves, todos os municípios do Estado foram orientados a elaborarem dois planos, sendo um de mitigação para ampliar a cobertura vacinal e outro de ação, caso a doença seja positivada. Ambos já foram elaborados e enviados à Secretaria de Estado da Saúde para avaliação.
“Os planos serão revisados pelo Estado e devolvidos aos municípios, para que possam iniciar as práticas. Estamos nos antecipando, buscando orientações, para que possamos por em prática as primeiras ações já entre meados de janeiro e início de fevereiro”, explicou Vânia.
Conforme os dados apresentados pelo médico sanitarista da VEM, Carlos de Macedo, Prudente era um exemplo de cobertura vacinal. “Quando as campanhas do Zé Gotinha eram lançadas, atingíamos a meta já no primeiro fim de semana. Neste ano, foram quase três meses de campanha, e a meta não foi atingida”.
Ainda segundo o sanitarista, desde 2019, a cobertura vacinal da poliomielite tem caído na cidade, considerando que a porcentagem segura para manter a erradicação da doença deve ser igual ou superior a 95%:
- 96,1% em 2017
- 98,2% em 2018
- 84,9% em 2019
- 84,9% em 2020
- 79,6% em 2021
“A poliomielite é uma doença não tratável, porém, é uma doença evitável. A vacina é segura, está disponível no SUS há mais de 30 anos e foi a principal responsável pela erradicação do vírus no Brasil. Não há qualquer argumento que justifique uma criança não vacinada”, ressaltou o sanitarista.
O último caso de poliovírus selvagem no Estado de São Paulo foi registrado em nossa região, na cidade de Teodoro Sampaio, em 1988. Já os últimos casos do Brasil foram em 1989, nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba.
O promotor de Justiça da Infância e Juventude de Presidente Prudente, Marcos Akira Mizusaki, comentou que a criança tem o direito à vacinação, independente da vontade dos pais. “O direito à saúde é indisponível e deve ser assegurado à criança”.
O grupo gestor contra a poliomielite e as ações a serem promovidas estão sendo elaboradas pelos membros e novas reuniões serão marcadas posteriormente.
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