Especialistas explicam que as altas temperaturas ao longo do ano favorecem o aumento de casos.
Foto - Reprodução intenet
A região de Presidente Prudente registrou 3.275 casos de ataques de escorpião em 2024, segundo balanço atualizado da Secretaria de Estado da Saúde. O número representa uma redução de 19,75% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 4.081 ocorrências. Apesar da queda, a concentração de casos em áreas urbanas continua alta, superando 70% do total, o que mantém o alerta para riscos à população, especialmente crianças.
Os dados detalhados por Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) apontam que, em 2024, o GVE 21, que abrange Presidente Prudente, registrou 1.456 casos, sendo 73,63% em zonas urbanas, 24,5% em áreas rurais, 0,3% em áreas periurbanas e 1,6% sem localização registrada. Já o GVE 22, que inclui Presidente Venceslau, contabilizou 1.819 casos, com 69,27% ocorrendo em áreas urbanas, 30,2% em zonas rurais, 0,4% em áreas periurbanas e 0,1% sem informação.
Especialistas explicam que as altas temperaturas ao longo do ano favorecem o aumento de casos. As principais espécies causadoras de acidentes em humanos são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), responsável pelos casos mais graves, além do Tityus bahiensis e Tityus stigmurus. Crianças de até 10 anos correm maior risco de agravamento e devem receber o soro específico o mais rapidamente possível. A maioria dos casos apresenta apenas sintomas leves, como dor local, vermelhidão e formigamento. No entanto, em situações mais graves, pode haver sudorese, náuseas, vômitos e alterações cardíacas, exigindo atendimento médico imediato.
O Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente é a unidade de referência no Departamento Regional de Saúde (DRS-11) para o atendimento de casos de picada de escorpião. Além disso, o soro antiescorpiônico está disponível em outras 16 unidades de saúde da região, incluindo pronto-atendimentos municipais e Santas Casas em cidades como Dracena, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau e Teodoro Sampaio.
Para reduzir o risco de ataques, a Secretaria Estadual de Saúde recomenda manter quintais limpos, sem acúmulo de lixo ou entulho, sacudir roupas, calçados e toalhas antes de usar, vedar frestas em paredes, portas e janelas, instalar telas em ralos e afastar camas das paredes. Além disso, preservar predadores naturais, como lagartixas e sapos, também contribui para o controle da população de escorpiões.
Embora a redução no número de casos represente um avanço, o risco de acidentes continua, especialmente em áreas urbanas. A adoção de medidas preventivas e o atendimento rápido em caso de picada são essenciais para evitar complicações e garantir a segurança da população.
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